21/11/2022
A DIFERENÇA, DO PONTO DE VISTA FILOSÓFICO, ENTRE NAZIFASCISMO E COMUNISMO
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Não é de hoje que assistimos a uma falsa identificação do nazifascismo com o comunismo. Na verdade, essa identificação se fundamenta, sobretudo, na ideologia do liberalismo. Do ponto de vista filosófico, a expressão paradigmática dessa indistinção é o conceito de “totalitarismo” tal qual é apresentado na obra de Hannah Arendt, Origens do Totalitarismo. Embora a autora identifique o antissemitismo francês e o imperialismo inglês como a pré-história do totalitarismo, na terceira parte de seu livro, como nos conta Domenico Losurdo, não encontramos uma solução de continuidade com as duas partes que vieram anteriormente. A última parte de seu livro, dedicado exclusivamente ao Terceiro Reich e à União Soviética de Stalin não se harmoniza com as duas primeiras partes. Nesse sentido, o que vemos no capítulo dedicado ao totalitarismo é um emprego bastante abrangente e vago do conceito em questão, bem como uma análise desse fenômeno sem ter em conta suas especificidades sócio históricas concretas. Decorrência disso é a assimilação arbitrária do comunismo ao nazifascismo e, no limite, o arendtianismo para o povo da atual defesa da criminalização do comunismo por figuras como, por exemplo, o Deputado federal Kim Kataguiri, Bruno Aiub, conhecido como Monark, a jornalista Ana Paula Henkel, entre outros. Por isso, é importante que coloquemos essa discussão, a partir da filosofia, em seus devidos termos.
Para falar sobre esse tema espinhoso contaremos com a participação do professor Rondnelly Diniz Leite, graduado e mestre em filosofia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, Doutor em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora e professor do Departamento de Ciências Sociais e Filosofia do Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET-MG.