27/06/2024
CAFÉ PHILOSOPHIQUE: FIM DE MUNDO: QUAL FIM, QUAL MUNDO, QUEM MORRERÁ PRIMEIRO?
Café Babette (Alameda Prudente de Moraes, 1101 ? Centro, Curitiba/PR)
O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR, em parceria com a Aliança Francesa de Curitiba, têm a alegria de convidar para mais um encontro do Café Philosophique, que será realizado no dia 27 de junho, às 19h30min, no Café Babette (Alameda Prudente de Moraes, 1101 – Centro, Curitiba/PR). Os convidados da noite são os Prof. Jelson Roberto de Oliveira (PUCPR) e o Prof. Thiago Vinicius Vasconcelos (PUCPR/FAVI).
Nesse terceiro encontro do Café-Philo 2024, o Prof. Jelson Oliveira (PUCPR) e o Prof. Thiago Vasconcelos (PUCPR/FAVI) analisarão a relação complementar entre o conceito de justiça climática e o de responsabilidade, levando em conta tanto a obra do filósofo alemão Hans Jonas, autor de uma das obras mais importantes do pensamento ético contemporâneo (“O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica”, de 1979) quanto outros autores/as que tematizam como o debate ambiental deve levar em conta as desigualdades sociais que subjazem à emergência climática contemporânea. Trata-se, assim, de politizar o debate, ampliando a participação das comunidades e pessoas historicamente marginalizadas e vulneráveis (como mulheres, indígenas, negros, crianças, jovens e idosos) que têm sido vítimas do que se chama de “triplas injustiças”: menos responsáveis, sofrem efeitos mais graves e, depois, sem meios de enfrentamento, veem sua situação de empobrecimento agravada pelos danos subsequentes. Para essas pessoas, bem como para muitas espécies extintas ou em processo de extinção, o fim do mundo chega primeiro e até mesmo já chegou. Com a reflexão em torno da justiça climática aprendemos que estamos todos e todas sob a mesma tempestade, mas não no mesmo barco. Trata-se, enfim, de denunciar que as políticas econômicas que geram as injustiças sociais, geram também as mudanças climáticas e de perguntar se o atual modelo econômico (capitalismo) e político (a democracia) podem nos salvar da catástrofe ambiental. Recorrendo ao conceito jonasiano de “heurística do temor” e de “futurologia comparativa”, podemos afirmar que a imaginação do fim do mundo deve nos incentivar a lutar contra ele, dado que o perigo que nos separa é também o perigo que nos une. Não mais apenas afirmar que #AllLivesMatters mas, sobretudo, que #AllLifeMatters.
Quando: 27/06, quinta-feira, às 19h30
Onde: Café Babette - Al. Prudente de Moraes, 1101 - Centro