18/03/2025
Édipo Rei: destino, saber e solidão
Plataforma ZOOM (aulas gravadas)
A tragédia de Sófocles (496 a.C. – 406 a.C) Édipo rei vai em cena pela primeira ves em 430 e em 420 a.C. em Atenas e compõe outras duas tragpedias, Édioi em Colono e a Antígona, as três tragédias fazem parte do chamado ciclo tebano. Estas obras se inserem no interior de um amplo corpus mítico. No que tange o Édipo rei, a tragédia parte de uma grave peste que atinge a população de Tebas durante o reinado de Édipo. Édipo é filho do rei de Tebas, Laio e de Jocasta. Após seu nascimento um oraculo revela ao soberano que a criança é destinada a matar seu padre e se casar com sua mãe. Laio ordena, portanto, que um servo de matar o neonato, mas piedosamente, o servo decide de entregá-lo a um pastor que por sua vez o entrega ao rei de Corinto, Polibo, a sua mulher Peribea que não podiam ter filhos. Édipo cresce convento que os soberanos de Coriento eram seus verdadeiros genitores, mas quando o oraculo repete a ele a predição feita precedentemente a Laio, Édipo, convencido do perigo que corria Polibo e Peribeia, parte de Corinto para Tebas. Segundo alguns estudiosos a parábola de Édipo, da família e da cidade de Tebas representa a ascensão e o declínio de Atenas do tempo de Sófocles. A peste narrada na tragédia é uma provável referência a epidemia que atinge Atenas em 430 a.C. Além disso, a tragédia de Sófocles é a tragédia de uma só homem. No curso da história Édipo se vê sempre mais sozinho, isolado da própria comunidade. A tragédia do indivíduo, movido pela vontade de saber é o lado obscuro do humanismo ateniense resumido na frase do sofista Protágoras “o homem é a medida de todas as coisas”. Esse é o novo curso do Instituto Máthema que será conduzido pelo Prof. Dr. Rineu Quinalia.