29/09/2021

O Direito de "discordar" -Virtudes Cívicas e Conflito Social-

Universidade do Porto - Universidade Complutense de Madrid

O Direito de “discordar”

-Virtudes Cívicas e Conflito Social-

 

Organizado por:

Departamento de Filosofia e Sociedade/UCM

Instituto de Filosofia/Universidade do Porto

 A 6 de Janeiro de 2021, uma multidão violenta incitada por Donald Trump invade o Capitólio dos Estados Unidos. Esta invasão foi precedida pelas reivindicações do movimento “Black Lives Matter”, que destruiu símbolos da escravatura confederada, o que viria a ter repercussão na queda de outros monumentos dedicados a personagens da escravatura colonial em França ou na Colômbia. Este último país está atualmente a sofrer graves confrontos entre a sociedade e as forças de segurança do Estado. No Chile (2018-2019), após uma onda de protestos violentos, negociou-se a eleição de uma assembleia para reformar a Constituição do país. A Catalunha (2019-2020) sofreu duros confrontos devido à sentença judicial contra o governo regional que apelou à realização de um referendo de independência; acontecimentos que se repetiram como reação na sequência de outra sentença que prendeu um ativista cultural. Estes acontecimentos foram precedidos pelas exigências sociais dos “Gilets Jaunes” (Coletes Amarelos-2018) que provocaram graves tumultos em França.

 Dada a crescente fratura dos consensos coletivos e a emergência de atos violentos em diferentes contextos, urge perguntar as causas que conduzem a que o desacordo e o mal-estar social gerem conflitos. É possível que as democracias liberais - juntamente com o sistema judicial e as forças de segurança – se tenham esquecido de tratar com respeito os cidadãos que manifestam o seu desacordo. Em face desta crise, constata-se a urgência de uma “pragmática do desacordo” que evite o choque violento e procure resolver os problemas do bem-estar dos cidadãos que manifestam a sua insatisfação.

 Estas questões serão debatidas no intuito de compreender até que ponto o nosso “Direito de Discordar” está a ser maltratado por governos democráticos, o que gera uma dissidência “agressiva e violenta” que obstaculiza as virtudes cívicas da vida pública. O governante exime-se, assim, do seu dever de procurar o bem comum, enquanto as sociedades habitam numa atmosfera desprovida de respeito social e de convivência pacífica no contexto de um desacordo.

Realizaremos duas sessões com estudos de caso (Colômbia, Brasil) e uma sessão para discutir uma interpretação global dos aspectos socioculturais e políticos do direito à dissidência.

 

1. As razões do desacordo: cultura política e conflito social / (29 de septiembre -Digital)

José Luis Villacañas (UCM)

Nuria Sánchez Madrid (UCM)

Moderador: Juan Manuel Forte (UCM)

Entrar na reunião Zoom
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89076864344

 

2. Tirania e Pandemia (O Caso do Brasil) / (6 de outubro-Digital)

Roberto Bueno (UFU)

Maria Isabel Limongi (UFP)

Tessa Lacerda (USP)

 

Modera: José Meirinhos (IF-FLUP)

 Entrar na reunião Zoom
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89793666710

 

3. O Estado contra a Sociedade: o caso colombiano / (8 de outubro-Digital)

Victor de Currea Lugo (IND)

Wilson Lopez (Universidade Javeriana)

Donka Atanassova Lakimova (Alcaldía de Bogotá)

Moderador: José Higuera (IF-FLUP)

 

 Organização

José Higuera (IF-FLUP) - José Meirinhos (IF-FLUP)

Visual Concept: Celeste Pedro (FDTW/IF-FLUP)

Instituto de Filosofía (Research Group: Reason, Politics & Society) – Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

From Data to Wisdom. Philosophizing Data Visualizations in the Middle Ages and Early Modernity (13th-17th Century), POCI-01-0145-FEDER-029717 (IF-FLUP).

 

Universidad Complutense de Madrid – Departamento de Filosofía y Sociedad - Biblioteca Saavedra Fajardo

 Entrar na reunião Zoom
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/88508608274