05/11/2024

V Colóquio Variações Deleuzianas: Sociedade de Controle, Produção de Subjetivação e Resistência

Evento Online

V Colóquio Variações Deleuzianas: Sociedade de Controle, Produção de Subjetivação e Resistência objetiva trazer reflexões e pensar formas de resistência às configurações explícitas de controle e às tentativas de subjetivação da vida. O avanço tecnológico, os meios de comunicação e as relações sociais figuram em redes digitais e promovem ações que são transformadas em elementos de controle corporal e cognitivo. Configura-se, assim, uma política que, em sua forma de gestar e modular a vida, busca assumir o controle de disputas culturais, educacionais, estéticas e comerciais.

Nas Sociedades de Controle, Estados e governos lançam mão de ferramentas tecnológicas e dinamizam políticas de controle, ao mesmo tempo em que são afetados e têm suas estruturas de governança abaladas por outros usos dos fluxos cibernéticos e digitais. Há uma crescente e ameaçadora produção de fake news, conteúdos digitais ‘paralelos’, monetização e direcionamentos das informações disponíveis que acabam por modular e atualizar novas formas de subjetivação, criando perfis como pacotes monetários.

Em “POST-SCRIPTUM Sobre as Sociedades de Controle”, Deleuze (1992) já buscava nos fazer perceber esses novos movimentos de subjetivação implicados, sobretudo, em outra forma de funcionamento do capitalismo: “os indivíduos tornaram-se ‘dividuais’, divisíveis, e as massas tornaram-se amostras, dados, mercados ou ‘bancos’” (p. 222). Nesse contexto, o filósofo apontava que o capitalismo sofria uma mutação que melhor correspondia às novas máquinas que passaram a predominar nessa nova sociedade, “máquinas de informática e de computadores”, e, consequentemente, atualizavam outras relações entre as subjetividades e a circulação do capital. Deleuze buscou mostrar como a sociedade de controle implicava uma formação de subjetividades contínuas e produtivas, em que a energia dos fluxos não é descontinuada, mas permanentemente modulada e exaurida.

Em meio a essa problemática e a essa exaustão, parece emergente que pesquisadores e pesquisadoras se voltem seriamente sobre o problema, apresentem possibilidades de enfrentar seus desafios e tensionem suas configurações para melhor compreender o seu regime de funcionamento, bem como busquem meios de resistência e outras formas de pensar e afirmar vidas.

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