18/10/2023
Bento Silva Santos, A fenomenologia hermenêutica da vida fática de Martin Heidegger (1919-1923)
Auditório do IC II/CCHN. Universidade Federal do Espírito Santo (aos 18 de outubro) & Auditório do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. Cidade
A fenomenologia hermenêutica da vida fática de Martin Heidegger
(1919-1923). São Paulo: Editora LiberArs, 2023, 558 p.
Autor: Bento Silva Santos
Conteúdo da obra:
A obra reconstrói analiticamente o caminho de pensamento de Martin Heidegger durante a sua primeira fase de docência na Universidade de Freiburg (1919-1923) na qualidade de professor assistente de Edmund Husserl. Primeiramente, realizamos uma apresentação histórico-sistemática dos primeiros escritos heideggerianos (1912-1916) durante sua formação intelectual com o objetivo de explicitar os jogos de influência dos diferentes paradigmas do pensamento alemão (do final do século XIX e do início do século XX). Em segundo lugar, são examinadas as experiências de pensamento praticadas nos primeiros cursos universitários, onde Heidegger exibe uma nova concepção da filosofia, compreendida nesse período como ciência originária (Urwissenschaft) hermenêutico-fenomenológica ou ciência originária da vida fática (Ursprungswissenschaft vom faktischen Leben), ainda que haja uma verdadeira luta com o vocabulário para expressar o caminho de pensamento do filósofo alemão até seu opus magnum de 1927 (“Ser e Tempo”) com o consequente deslocamento de uma fenomenologia da vida fática para o projeto de uma ontologia fundamental: “ciência preliminar” (Vorwissenschaft) (1919); “ontologia fenomenológica do Dasein” (1922); “hermenêutica da facticidade” (Hermeneutik der Faktizität) (1923). Essas preleções têm por finalidade “uma interpretação sistemática, fenomenológica e ontológica dos fenômenos fundamentais da vida fática compreendida, segundo seu sentido de ser (Seinssinn), como ‘histórica’ (historisch), e conduzida a uma determinação categorial a partir de seus modos fundamentais de comportar-se no trato com e em um mundo (mundo do entorno, mundo compartilhado e mundo do si-mesmo)” (HEIDEGGER, GA 16, 44). Em suma: o objetivo da obra consiste em percorrer a gestação da fenomenologia hermenêutica de Heidegger até 1923, mas sem tomar como fio condutor a “reflexão genealógica” na qual os primeiros cursos de Freiburg são lidos à luz “Ser e Tempo” de 1927. Em suma: de um lado, chama-se fenomenologia porque é devedora sobretudo das Investigações Lógicas de Edmund Husserl. De outro lado, denomina-se hermenêutica porque interpreta a vida-no-mundo assim como ela se realiza – isto é, com a facticidade de ser-assim, desta ou daquela maneira –, sem, porém, que a experiência sensível esteja comprometida em sentido teórico-reflexivo.
Inicialmente haverá lançamento da obra nos seguintes eventos acadêmicos: no “V Congresso Internacional de Filosofia do PPGFIL e I Colóquio do Grupo de Pesquisa ‘Fenomenologia e Linguagem’”, no dia 18 de outubro das 18 horas às 19 horas no Auditório do IC II/CCHN/UFES; no “V Simpósio de Estudos Agostinianos” & “XXIV Semana de Filosofia”. Leituras agostinianas para os tempos atuais, no dia 22 de novembro, das 16 às 17 horas, no Auditório do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, sob a organização do GT/ANPOF Agostinho de Hipona e o pensamento tardo-antigo. Cidade de Aracajú, Sergipe.
V Congresso de Filosofia (google.com)
XXIV SEMANA DE FILOSOFIA - Lançamento de Livros (google.com)