21/10/2024
Leo Strauss e a crítica ao historicismo
A obra tem por objetivo apresentar a crítica do filósofo germano-americano Leo Strauss (1889-1973) ao fenômeno do historicismo. Nesta apresentação, o problema do historicismo funciona como o fio condutor para uma introdução à história da filosofia política tal como interpretada pelo filósofo. Em um primeiro momento, observa-se como o tema do historicismo, e notadamente o que se chamou a crise do historicismo alemão do século XIX, configura-se como a herança mesmo de Strauss e a provocação para uma virada hermenêutica original em direção aos grandes textos da filosofia política clássica. Em um segundo momento, a obra expõe os contornos da definição do historicismo proposta por Strauss e os elementos que poderiam compor o quadro de uma genealogia straussiana do historicismo, tal como sugerida pelo autor em seu trabalho mais célebre: Direito Natural e História (1953). Em um terceiro momento, apresentam-se ainda as principais características do historicismo de tipo radical, observando o lugar de destaque reservado a Nietzsche e a crítica àqueles que seriam os dois exemplares mais emblemáticos dessa versão radicalizada, a saber, Martin Heidegger e o britânico R.G. Collingwood. A partir dessa exposição, por fim, a presente obra pretende evidenciar o caráter ambíguo que perpassa a reflexão straussiana, pois embora nos apresente uma crítica contundente ao historicismo, em um sentido paradoxal, Strauss também atribui ao fenômeno um valor de face e concede a ele certa importância.