A guerrilha das filósofas
04/01/2021 • Clipping
Texto da professora Juliana Aggio (UFBA) publicado na Revista Cult e no site da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas no dia 4 de janeiro de 2021.
"Talvez não tenhamos, ainda, a mesma articulação e atuação que as Guerrilla Girls tiveram em 1985, mas estamos nos encaminhando para isso. Como reação a uma exposição realizada em 1984 no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York – cujo título era Panorama Internacional de Pinturas e Esculturas Recentes e que incluía apenas 13 mulheres entre 165 artistas – , surgiu um grupo de ativistas feministas para sacolejar o mundo das artes em sua naturalização e perpetuação da desigualdade de gênero. Como reação a um debate realizado em setembro de 2020 sobre A pós-graduação de filosofia no Brasil, protagonizada apenas por homens (e uma mulher relegada ao papel de mediadora), filósofas brasileiras se articularam em um grupo virtual denominado Guerrilla Girls e performatizaram uma intervenção virtual reivindicando o óbvio ululante: a presença de mulheres no espaço público. Um ato performativo, um sopro de ar em meio a anos de opressão na filosofia acadêmica brasileira: eis as Guerrilla Filósofas no apogeu da primavera das filósofas."