Por uma filosofia da aventura
11/04/2022 • Clipping
Um ensaio sobre ansiedade, juventude e confiança no futuro
por Arthur Grupillo
Se eu pudesse caracterizar a juventude com uma palavra, seria ‘ansiedade’. A década que vivi entre os meus 16 e 26 anos de idade — embora isso não signifique, absolutamente, que foi a menos feliz — certamente foi, de longe, a mais ansiosa. Eu lembro disso com dramática clareza. E foi tão claramente a mais ansiosa, que eu poderia me sentir tentado a levar adiante uma reflexão sobre isso me baseando inteiramente no meu testemunho pessoal, que até tem algum valor em filosofia. Eu suporia que a clareza desta experiência, para mim, faz algum apelo a uma experiência comum, do mesmo modo que supomos que os anos da infância são os de maior aprendizado e assimilação de informação nova do que quaisquer outros. Seria como um fato básico da vida psíquica, algo de que todos sabemos de alguma maneira.