Nota pública da Diretoria da Anpof contra o corte de verbas para educação

A Anpof vem por meio dessa nota manifestar a indignação dessa comunidade diante do corte de verbas para educação anunciado nos últimos dias. A já preocupante situação financeira vivenciada pelas universidades, agora é agravada pela edição de um novo Decreto que, literalmente, retira todo o dinheiro empenhado para efetuar os pagamentos no último mês desde ano, o que impede manutenção de várias ordens de serviços, como pagamentos de auxílios aos estudantes carentes e pagamento de terceirizados de limpezas e seguranças, dentro das instituições federais. Atrelado a isso, o rombo dado ao orçamento, colocou as bolsas de mestrado e doutorado, além das residências médicas, em suspenso.

O Ministério da Educação (MEC) não tem como pagar em dezembro os 14 mil médicos residentes de hospitais federais e outros cerca de 200 mil bolsistas da  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) após congelamento de verbas decretado pelo governo de Jair Bolsonaro na semana passada.

A asfixia gerada no ensino superior tem seu momento de auge nos últimos dias desse governo, cujo horror fez marca neste País.
O crime contra educação não se dá apenas na impossibilidade de pagamento de bolsas de mestrado e doutorado; antes, está no inviabilizar as bolsas de graduação, estrangular a Universidade pública, retirar o salário dos terceirizados.

A Anpof entende que o rombo material gerado se estende a danos psicológicos que não podemos mensurar.
No último mês do ano, nos últimos dias do mandato, o Sr. Jair Bolsonaro mostrou mais uma vez a sua face odienta contra tudo que seja ensino, pesquisa e humanismo.