Podcast: Luísa Marilac, ?eu me tornei travesti a pulso?

08/03/2022

Luísa Marilac da Silva é uma youtuber, comunicadora escritora e ativista LGBT brasileira. 

Luísa havia nascido em Além Paraíba, estado do Rio de Janeiro. Depois foi morar em Guarulhos, São Paulo, onde começou a se prostituir. Nasceu pela segunda vez quando encontrou Luisa Marilac, a mulher de quem tomou emprestado o nome e que não só lhe ofereceu abrigo, mas também lhe deu coragem para se assumir de vez uma mulher travesti. Nasceu pela terceira vez quando gravou um vídeo e postou no youtube. O vídeo viralizou tornando-a de uma hora para outra uma celebridade. Em questão de dias ele teve 200 mil visualizações e hoje já contabiliza mais de 3 milhões de visualizações. Morando na espanha e depois de passar poucas e boas com o namorado italiano com quem havia pretendia casar, mas que no final das contas sumiu com todo seu dinheiro economizado as duras penas enquanto trabalhava em um bordel, Luísa grava esse video na piscina do prédio em que morava e nele fala a frase que a tornou famosa de uma hora para outra: "... e teve boatos que eu ainda estava na pior. Se isso é estar na pior, PORRAM! O que quer dizer tá bem, né?"

“É o mundo, enfim, quem diz que meu corpo não combina com minha feminilidade. Odeiam-no e desejam-no numa promiscuidade de sentimentos difícil de explicar. Mas garanto que nunca me faltou quem tivesse fome de um corpo como o meu, de um pau d e mulher, de um gozo quente de mulher." “Mas desejo por travesti não é desejo. É perversão, é sordidez, é pecado, é vergonha. Para os mais generosos, entra, no máximo, na lista dos fetiches. desejo por travesti tem que ficar entre você e o seu navegador de internet. Ou, melhor ainda – se for capaz –, escondido de si mesmo numa esquina escura do inconsciente.”

Luísa desmonta o bordão popular segundo o qual a prostituição seria uma “vida fácil”: “Os carros passam e nos xingam, moleques atiram lixo e pedras, os clientes negociam descontos aviltantes. Às vezes, surgem policiais corruptos que nos extorquem ainda mais dinheiro. As pernas doem equilibradas nos saltos; o frio e a chuva, intransigentes. Mas, na maior parte da noite, o tédio.”

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Mulheres Intelectuais de Ontem e Hoje

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Mulheres Intelectuais de Ontem e Hoje é um programa que aposta na construção de uma cultura e uma tradição que valoriza o trabalho intelectual de mulheres. Para isso, o programa apresenta semanalmente breves biografias e o pensamento de mulheres de diversas áreas, locais geográficos e tempos históricos distintos. O programa é desenvolvido em conjunto pelo Projeto de Extensão Vozes de Mulheres da UFRJ, vinculado ao Laboratório Antígona de Filosofia e Gênero, do PPGF, e pelo Grupo de Estudos Uma Filósofa por Mês da UFSC. Vai ao ar pela Radio UFRJ toda quanta-feira, às 11h, com reprise às 14h, pela Rádio UFRJ. Também disponível no Spotify Mulheres Intelectuais de Ontem e Hoje. https://open.spotify.com/show/4WBHztQvBNzquXwRjA5xzF?si=_SuWOOwrRHCLPv8b0VzQ4w&dl_branch=1

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