A tecnização dos critérios para periódicos brasileiros

02 Jun 2015

Colegas,

Sobre os critérios Qualis, já discutimos como editores, em anos anteriores, a resistência da CAPES em abrir perspectivas diferentes para elencar outras formas de exigência para as as revistas da área de humanas, especificamente para as de Filosofia. 

Sou editora responsável da revista HYPNOS, de filosofia antiga, Qualis B1. As indexaç?es q esta revista já tem e as formalidades a que se vê obrigada a cumprir s?o absolutamente, em sua maior parte, inconsistentes. Por exemplo, números de artigos por volume, extensa redaç?o sobre as regras éticas da publicaç?o adequadas a revistas biológicas, etc., exigèncias se,pre mais quantitativas que qualitativad que n?o se encontram nas melhores revistas internacionais de filosofia. Um artigo pode ser curto, médio, largo... importando a qualidade e a decis?o editorial.

Exigir certos indexadores que analisam a forma e n?o o conteúdo de uma revista, e que leva um ano para dar um parecer a respeito, e que levará mais um ano se uma pequena regra sem grande importância para nossa área n?o estiver presente entre as outras - caso da Scopus e Scielo, por exemplo - deixa o editor sem possibilidade de ajuda financeira diante do CNPq.  Mais ainda, de conseguir o apreço de seus leitores porque n?o tem, eventualmente, uma "carimbo" de "legitimidade". espantoso, no mínimo!

As áreas de Humanas no Brasil devem procurar qualidade nas publicaç?es - e há internacionalmente paradigmas para isso, sem tanta correria por indexadores pré-determinados que n?o têm grande validade  para a filosofia- , o que os "critérios Qualis" est?o permitindo até agora, infelizmente, é o cerceamento das ediç?es.

Todas as areas da filosofia têm revistas modelares para seguir. Ent?o o horizonte é claro:

a. Elencar as revistas modelares para cada área filosófica ( e nossos pares podem fazer isto)

b. Apontar os pontos fundamentais que fazem de uma revista de filosofia,  um modelo

c. reformular os critérios exigidos à pplevando em conta a especifidade de cada área, sem misturar com os critérios das áreas de exatas e biolögicas, que não nos servem

d. Atentar, na qualificaç?o, ao fato de que uma produç?o em filosofia n?o pode, nem deve, ter a temporalidade de um processo de pesquisa em laboratório, e exigir muitas punblicaçoes ao ano ou muitos artigos por volume é temerário.

Por agora, é o que tenho a dizer.

Rachel Gazolla