Solidão e espírito livre na 3.ª Consideração Extemporânea

Ano 12 nº 23 2020 • Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

Autor: Carlos Roger Ponte

Resumo:

O breve estudo que segue é uma tentativa de compreensão da experiência da solidão tal como ela dá seus primeiros sinais na 3ª Consideração Extemporânea, de Friedrich Nietzsche, tentando delineá-la, não como simples conceito, se não em íntima vinculação em outra figura conceitual nietzscheana, o espírito livre, no que concerne ao seu tornar-se si mesmo. Como uma categoria crítica, o espírito livre (ainda que não apareça formalmente neste escrito de Nietzsche como o será em Humano, demasiado Humano) é confrontado o tempo inteiro às poderosas injunções da cultura, as quais insistem em tragá-lo para dentro de um modo de vida gregário uniformizante, nivelador e paralisante, retirando toda possibilidade de qualquer solidão e, por consequência, a liberdade de criar a si mesmo que a ideia do tornar-se, do devir, implica.

Abstract:

The brief study that follows is an attempt to understand the experience of loneliness as it gives its first signs in Friedrich Nietzsche’s 3rd Extemporaneous Consideration, trying to delineate it, not as a simple concept, but in close connection with another nietzschean conceptual figure, the free spirit, as regards his becoming himself. As a critical category, the free spirit (though not formally appearing in this Nietzsche writing as it will be in Human, too Human) is confronted all the time with the powerful injunctions of culture, which insist on swallowing it in a way of a uniforming, leveling and paralyzing gregarious life, removing all possibility of any loneliness and, consequently, the freedom to create oneself that the idea of becoming, of becoming implies.

ISSN: 19844255

DOI: https://doi.org/10.36517/Argumentos.23.12

Texto Completo: http://www.periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/42615

Palavras-Chave: Solidão. Espírito Livre. Tornar-se si mesmo.

Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

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