Hannah Arendt e o nascimento dos conselhos

Ano 14 nº 27 2022 • Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

Autor: José João Neves Barbosa Vicente

Resumo:

Em sua teoria política, especialmente em sua obra Da revolução, Hannah Arendt não apenas analisou e discutiu o sentido e o significado das revoluções (especialmente a Francesa e a Americana) e criticou o funcionamento da democracia representativa baseada no sistema de partidos políticos, mas também destacou os conselhos como espaços propícios onde os homens possam agir por meio de ação e do discurso, na presença de seus pares e se ocuparem juntos da vida política de seu país. Neste artigo, o objetivo principal é analisar o nascimento desses conselhos à luz da teoria política de Hannah Arendt, como verdadeiros espaços de liberdade que sempre surgiram no curso das grandes revoluções de forma espontânea e fora do âmbito dos partidos políticos ou de qualquer líder e que podem proporcionar aos cidadãos condições para uma efetiva participação política.

Abstract:

In her political theory, especially in her work On Revolution, Hannah Arendt not only analyzed and discussed the sense and meaning of revolutions (especially French and American) and criticized the functioning of representative democracy based on the system of political parties, but also highlighted councils as propitious spaces where men can act through action and discourse , in the presence of their peers and to occupy together the political life of their country. In this article, the main objective is to analyze the birth of these councils in the light of Hannah Arendt’s political theory, as true spaces of freedom that have always emerged in the course of great revolutions spontaneously and outside the scope of political parties or any leader and that can provide citizens with conditions for effective political participation.

ISSN: 1984-4255

DOI: https://doi.org/10.36517/Argumentos.27.13

Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/71277

Palavras-Chave: Ação. Conselhos. Hannah Arendt. Política. Revolução.

Argumentos: Revista de Filosofia (UFC)

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