Autor: Marcos Silva

Resumo:

O Problema da Exclusão das Cores impõe inter alia que a lógica deva olhar para arranjos conceituais no mundo. Isto representa o colapso do que Wittgenstein defendia na explicação tractariana da lógica (cf. 5.473 e 5.551). O tipo de estrutura lógica que nós encontramos dentro das proposições elementares não pode ser expresso em termos de verofuncionalidade, i.e., com produtos e somas lógicas. Além disso, uma vez que proposições elementares não podem ser capturadas adequadamente através da negação de um elemento repetido, o tipo de exclusão dentro de sistemas não pode ser a da contradição. Isto significa a emergência necessária da semântica em um domínio alegadamente sintático. Nós demandamos então novas ferramentas para expressar operadores não-neutros com escopos restritos e exclusões semânticas mais finas. Introduzo aqui, então, a noção de graus de exclusão interna e externa (de segunda ordem) a um sistema. Estes graus de exclusão podem não ser homogêneos, mas devem ser infinitos dependendo do sistema de proposições em que estivermos trabalhando. Ao longo do caminho, defendo que não podemos reduzir um sistema a outro sem distorções e que fazer isto é tampouco necessário.

Abstract:

The Color Exclusion Problem imposes inter alia that logic must look to conceptual arrangements in the world. This represents the collapse of what Wittgenstein held in his tractarian account of Logic (cf. 5.473 and 5.551). The kind of logical structure that we find inside elementary propositions in systems cannot be expressed in terms of truth-functionality, i.e., with logical products and sums. Moreover, since elementary propositions cannot be properly captured by the negation of a repeated item, the kind of exclusion within systems cannot be the contradiction. This means the necessary emergence of semantics in an alleged syntactical domain. We require then new tools to tackle non-neutral operators with restrictive scope and finer semantic exclusions. I introduce here, then, the notion of degrees of exclusion both internal and external (of second order) to a system. These degrees of exclusion may not be homogeneous, but must be infinite depending on the system of proposition that we are working with. Along the way, I advocate that we cannot reduce one system to another without distortions and that doing so is not necessary either.

ISSN: 19844255

Texto Completo: http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/19031

Palavras-Chave: Lógica. Exclusão. Contradição. Contrariedade. Verofuncionalidade. Sistemas.