O fundacionalismo de Thomas Reid

v. 26 n. 1 (2021) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Vinícius França Freitas

Resumo:

O objetivo do artigo é discutir em que medida Thomas Reid está comprometido com uma teoria fundacionalista da justificação epistêmica. Para tal, apresentam-se duas discussões. Em primeiro lugar, argumenta-se que apesar de ser um fundacionalista em geral, Reid não o é em relação a todos os âmbitos do conhecimento - como é o caso da política. Para compreender essa hipótese, distingue-se sua concepção axiomática de ciência de sua visão fundacionalista da estrutura do conhecimento. Em segundo lugar, apresentam-se objeções às interpretações que pretendem que Reid é um antifundacionalista, um coerentista, ou um fundarentista.

Abstract:

The paper aims to discuss in what measure Thomas Reid is committed to a foundationalist theory of epistemic justification. Two discussions are presented. First, it is argued that Reid is in general a foundationalist, but not in all fields of knowledge – this is the case of politics. To understand this hypothesis, it is presented a distinction between Reid’s axiomatic conception of science and his foundationalist view of the structure of knowledge. Secondly, the paper presents some objections to those interpretations which intend to hold that Reid is an anti-foundationalist, a coherentist, or a foundherentist.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v26i1p13-32

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/172485

Palavras-Chave: Epistemologia, Filosofia da ciência, Fundacionalismo, Thomas Reid

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.