Engels e a dialética hegeliana: sistema, método, ciência e efetividade

v. 26 n. 1 (2021) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Vitor Bartoletti Sartori

Resumo:

Trataremos da posição de Engels quanto à ciência e à dialética, procurando demonstrar que há certa tensão em seu pensamento, colocada na oposição entre o seu modo de pesquisa e seu modo de exposição. Ao passar sobre sua teorização sobre as ciências positivas, também constataremos tensões, que se explicitam, de um lado, na crítica ao sistema hegeliano, noutro no modo como o autor toma expressões e categorias do próprio Hegel para sua compreensão sobre a dialética, em oposição à metafísica.

Abstract:

Here, we will deal with Engels’ position regarding science and dialectics. We will try to show that there is a tension between his mode of research and his mode of exposition. In his theorization on positive sciences, we will also note certain tensions, which are made explicit on the one hand, in the critic of the Hegelian system; we will also analyze the way the author, sometimes, relies on Hegelian categories and expressions on the critic of metaphysics.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v26i1p49-64

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/178923

Palavras-Chave: Engels, Hegel, Sistema, Método, Dialética

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.