Ruy Fausto, remando contra a maré

v. 26 n. 2 (2021) - Edição especial - Dossiê Ruy Fausto • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Cicero Araujo

Resumo:

O artigo faz alguns apontamentos sobre o percurso de Ruy Fausto como intelectual público e suas relações com a esquerda. Destacam-se seu reexame da crítica de Marx ao capitalismo, a análise dos totalitarismos do século XX, assim como da social-democracia europeia, e a crítica da esquerda brasileira e dos governos do PT. O texto sugere uma camada adicional de interpretação do pensamento filosófico de Ruy Fausto, indicando como as matérias políticas ocuparam o centro de sua visão do mundo.

Abstract:

The article makes some remarks about Ruy Fausto’s trajectory as a public intellectual and his relationship with the Left. It stresses his reexamination of Marx’s critical approach to capitalism, the analysis of the twentieth-century totalitarianisms as well as the European Social Democracy, and his criticism of the Brazilian Left and the PT governments. The article suggests an additional layer of interpretation to Ruy Fausto’s philosophical thought, pointing out how the political issues were at the core of his worldview.

DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v26i2p13-25

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/189069

Palavras-Chave: Ruy Fausto e a esquerda, Marxismo, Crítica do capitalismo, Totalitarismo, Democracia

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.