Aura: experiência que procura se estabelecer ao abrigo de qualquer crise
n. 8 (2002) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Taisa Palhares
Resumo:
Este artigo procura analisar o conceito de aura da obra de arte tal como este foi retomado por Walter Benjamin pela última vez no ensaio "Sobre alguns temas em Baudelaire" (1939). Com isso, pretende-se relativizar a tese sobre o caráter emancipatório do declínio da aura, tal como defendida no texto "A obra de arte na era de sua reprodutilbilidade técnica" (1935), pelo qual, diga-se de passagem, a teoria benjaminiana sobre a aura foi difundida. Busca-se recuperar o aspecto positivo da noção de aura da obra de arte, investigando como o autor a inseria numa teoria mais geral da experiência (Erfahrung) e de sua crise na modernidade.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v0i8p07-39
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/69483
Palavras-Chave: Aura,Experiência,Bela aparência,Inacessibilid
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.