Estrutura formal e semântica do argumento autogenealógico em Nietzsche
v. 20 n. 2 (2015) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Jorge Luiz Viesenteiner
Resumo:
O objetivo do texto é analisar a estrutura formal e semântica daquilo que denomino de argumento autogenealógico em Nietzsche, culminando com um breve esboço das suas formas de comunicabilidade. Do ponto de vista formal, trata-se de compreender o conceito de genealogia em seu registro crítico, em estreita conexão com uma práxis interrogativa fomentadora de um distanciamento metódico; do ponto de vista semântico, trata-se de compreender que aquilo que era elaborado por Nietzsche até 1887 em Para genealogia da moral com vistas à cultura, realiza-se nos textos de 1888 com vistas a si mesmo. Finalizo com um breve e plausível sentido de autoencenação, na medida em que Nietzsche transforma a si mesmo em figura de pensamento, especialmente em Ecce homo.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v20i2p105-119
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/110909
Palavras-Chave: genealogia, autogenealogia, crítica,práxis in
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.