Sobre a possibilidade de reflexão ética fora da abrangência da crítica nietzschiana à moral
v. 21 n. 1 (2016) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Daniel Temp
Resumo:
O artigo reconstrói duas tentativas de delimitação da abrangência da crítica nietszchiana à moralidade: a primeira atribui a Nietzsche uma rejeição radical da moral, associando-o a uma perspectiva imoralista; a segunda defende que a crítica do filósofo se dirige a uma moralidade específica, oriunda da tradição platônica/cristã. Após reconstruir as duas abordagens, apresenta-se uma interpretação alternativa que mostra que, embora a crítica nietszchiana vise toda moral centrada na noção de obrigação, nem por isso ela esgota o domínio da valoração prática.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v21i1p117-129
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/115988
Palavras-Chave: abrangência da crítica, reflexão ética,valora
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.