Seria Nietzsche um heideggeriano? Uma resposta a Vinicius Figueiredo

v. 22 n. 1 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: Fernando Costa Mattos

Resumo:

O texto se constitui como uma resposta ao artigo de Vinicius Figueiredo "Seria Nietzsche um kantiano?", publicado nestes mesmos Cadernos de Filosofia Alemã (v.20, n.1), o qual, por seu turno, resenha criticamente o meu livro Nietzsche, perspectivismo e democracia: um espírito livre em guerra contra o dogmatismo (Saraiva, 2013). Em linhas gerais, procuro mostrar que, se Nietzsche não for interpretado como um continuador do projeto crítico kantiano, de matriz iluminista, ele acaba por aproximar-se, também no que diz respeito à compreensão da verdade, daquelas filosofias que, por oposição à epistemologia predominante no Ocidente, buscam um acesso direto ao ser - caso da filosofia heideggeriana, que poderia ser vista como o ponto culminante de uma tradição que começa com os românticos.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i1p99-113

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/131696

Palavras-Chave: Nietzsche, Kant,Heidegger,Verdade,Ser

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.