Democracia contra as patologias da liberdade: poder e dominação em Franz L. Neumann

v. 22 n. 1 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Autor: José Rodrigo Rodriguez

Resumo:

Este artigo apresenta a construção conceitual de Franz Neumann elaborada no texto “O conceito de liberdade política”, cuja finalidade principal é diferenciar poder e dominação. Para Neumann, a teoria política deve consistir em uma reflexão sobre a efetivação da liberdade em formas legítimas de poder, as quais se caracterizam por garantir a efetivação da liberdade humana. A liberdade, na visão do autor, é composta de três elementos historicamente construídos, o jurídico, o cognitivo e o volitivo, os quais permitem identificar seis patologias da liberdade que resultam da valorização excessiva ou da desvalorização de cada um de seus elementos; respectivamente, autarquia e legalismo, medo e naturalização, alienação e voluntarismo. Com a utilização deste aparelho conceitual Neumann analisa problemas políticos concretos como o Macartismo que marcou os Estados Unidos dos anos 1950.

DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i1p115-138

Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/125289

Palavras-Chave: dominação, liberdade, patologia, poder,críti

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade

Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.

Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.