Rousseau racionalista: três leituras
v. 22 n. 3 (2017) • Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Autor: Emanuele Tredanaro
Resumo:
“Rousseau est-il rationaliste?”. Essa pergunta abre a primeira das análises que Robert Derathé dedica ao genebrino. Derathé insere-se em um debate já amadurecido durante aproximadamente quatro décadas, e impulsionado explicitamente por Ernst Cassirer, cujas teses Eric Weil levará às últimas consequências. Cumpriremos aqui uma incursão nas interpretações que Cassirer, Derathé e Weil propõem acerca do racionalismo de Rousseau, apontando para a peculiaridade das conclusões às quais chega cada um deles, embora todos compartilhem a recusa de ler Rousseau como mero philosophe de la sensiblerie. Nessa perspectiva, o confronto com o kantismo tornar-se-á essencial para entendermos a fecundidade das três leituras.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i3p107-128
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/140094
Palavras-Chave: Rousseau, Cassirer,Derathé,Eric Weil,Racional
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade
Organizada pelo Grupo de Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM), um grupo de estudos constituído por professores(as) e estudantes de diferentes universidades brasileiras, a revista Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade é uma publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP que, iniciada em 1996, pretende estimular o debate de questões importantes para a compreensão da modernidade.
Tendo como ponto de partida filósofos(as) de língua alemã, cujo papel na constituição dessa reflexão sobre a modernidade foi – e ainda é – reconhecidamente decisivo, os Cadernos de Filosofia Alemã não se circunscrevem, todavia, ao pensamento veiculado em alemão, buscando antes um alargamento de fronteiras que faça jus ao mote, entre nós consagrado, da filosofia como “um convite à liberdade e à alegria da reflexão”.