Implicações do Pensamento de Wittgenstein para o Ensino de Línguas
Série 3 v. 14 n. 2 • Cadernos de História e Filosofia da Ciência
Autor: Paulo Oliveira
Resumo:
Ao contrário da filosofia analítica, e mais especificamente da teoria dos atos de fala, cujos reflexos podem ser claramente notados em parâmetros curriculares, materiais, atividades e procedimentos didáticos da área, o legado de Wittgenstein tem encontrado pouca ou quase nenhuma repercussão na pedagogia de línguas estrangeiras. Gräz (2000) propõe-se a fazer tal mediação, mas acaba por obter efeito inverso ao proclamado, na medida em que sua argumentação cria confusão conceitual, no lugar de dissolvê-la. Como alternativa, sugiro a mobilização de conceitos como jogo de linguagem e semelhança de família para superar a concepção essencialista de linguagem que perpassa muitas atitudes e expectativas do alunato, e de parte significativa dos próprios professores da área. O uso da terapia das confusões conceituais na pedagogia de línguas poderia evitar que procedimentos destinados à “facilitação didática” acabem mais gerando do que resolvendo problemas. A discussão de alguns exemplos, retirados sobretudo do domínio da gramática, visa ao mesmo tempo caracterizar os pressupostos essencialistas que estão por trás desse tipo de dificuldade e apontar caminhos para sua superação.
Texto Completo: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/cadernos/article/view/740
Palavras-Chave: Ensino de línguas,Filosofia da linguagem, Wit
Cadernos de História e Filosofia da Ciência
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