Filosofia da Natureza e Filosofia Moral em Hobbes
Série 3 v. 15 n. 1 • Cadernos de História e Filosofia da Ciência
Autor: Yara Adario Frateschi
Resumo:
O ponto de partida da filosofia moral de Hobbes é a física: a explicação do comportamento humano natural resulta da aplicação – no homem – da teoria mecânica do movimento, que é inercial e anti-teleológica. Com isso, Hobbes pode concluir que o homem tende naturalmente a persistir em movimento, isto é, a procurar os meios que lhe permitem continuar vivo. As circunstâncias em que ele se encontra conjugam-se com a sua tendência ou inclinação natural à autopreservação; daí resultam as suas paixões, enquanto reações mecânicas a tais circunstâncias. É essa concepção da natureza humana, articulada em torno de uma formulação mecanicista da tendência à autopreservação, que constitui a base da explicação hobbesiana do processo de formação das paixões, escolhas e ações humanas: é ela, enfim, que fundamenta a tese do desejo incessante de poder.
Texto Completo: https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/cadernos/article/view/609
Palavras-Chave: ireito natural,Direito civil, Ética,Política
Cadernos de História e Filosofia da Ciência
Os Cadernos de História e Filosofia da Ciência dirigem-se especialmente ao público interessado nas áreas de Epistemologia, Filosofia da Ciência, Teoria do Conhecimento e História das Ciências. Têm por objetivo central a publicação de artigos e notas originais de pesquisadores nacionais e estrangeiros, traduções de textos concernentes aos temas mais centrais da reflexão filosófica, metodológica e histórica sobre a ciência, e traduções comentadas de textos marcantes do desenrolar histórico dessa reflexão, bem como resenhas nas áreas do conhecimento em que os Cadernos atuam.