A constituição da subjetividade e a ilusão do finalismo: elementos de uma teoria da ideologia
Cadernos Espinosanos Número Especial n. 25 (2011) • Cadernos Espinosanos - Estudos sobre o século XVII
Autor: Alexandre Arbex Valadares
Resumo:
Este artigo propõe estabelecer uma correlação entre a concepção de Spinoza acerca da imaginação e a teoria da ideologia de Althusser. Compreendida em seu modo de funcionamento e nos seus efeitos sobre a percepção dos homens acerca de seu corpo, de suas ideias e das coisas que a afetam, a imaginação, segundo a acepção spinozista, passa a constituiria a forma da consciência subjetiva ao operar no mundo da política. Marcada pela regularidade e previsibilidade dos processos causais e pela reprodução das relações, a ordem política se afiguraria à imaginação como uma ordem teleológica, cuja repetição fixaria, como verdades universais, as ideias das imagens das coisas na forma com que estas se apresentariam mais recorrentemente à percepção dos homens. À estabilidade das relações e das imagens sob as quais os homens as representam corresponderia a estabilidade dos modos de pensar sob os quais eles representam a si mesmos no interior da ordem política. Os conteúdos da consciência – da imaginação politicamente estruturada – seriam, desse ponto de vista, sempre conteúdos ideológicos.
DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2011.89433
Texto Completo: http://www.revistas.usp.br/espinosanos/article/view/89433
Palavras-Chave: Spinoza, Imaginação,Althusser,Ideologia
Cadernos Espinosanos - Estudos sobre o século XVII
O objetivo dos Cadernos Espinosanos é publicar semestralmente trabalhos sobre filósofos seiscentistas, assim como leituras contemporâneas a respeito do pensamento destes, constituindo um canal de expressão dos estudantes e pesquisadores do Departamento de Filosofia da USP e de outras instituições brasileiras e estrangeiras.
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