Algumas premissas à crítica de Nietzsche à teatrocracia
Número 34 (2014) • Cadernos Nietzsche
Autor: GIANFRANCO FERRARO
Resumo:
Na crítica que desenvolverá em relação a Wagner, Nietzsche aponta para o perigo de uma nova forma de poder, nomeadamente o da teatrocracia de Bayreuth, que pode ser interpretada, na senda das reflexões de Benjamin, Debord e Agamben, como o exórdio daquela forma de representação estética do domínio político chem durante todo o século XX, dará vida a novas formas de mitologia política. Nietzsche contrapor-lhe-á uma forma de “escrita trágica” inspirada, nos anos da juventude, ao tema hölderliniano da morte de Empédocles: uma fidelidade que, através do Zarathustra, voltaremos a encontrar até nos últimos escritos de Nietzsche: Ecce Homo e as cartas da “loucura”.
ISSN: 2316-8242
Texto Completo: http://gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/CN34%2006.pdf
Palavras-Chave: teatrocracia,representação,Empédocles,Hölderl
Cadernos Nietzsche
Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.
Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."