O Nietzsche tardio e a tese da falsificação
Número 34 (2014) • Cadernos Nietzsche
Autor: MATTIA RICCARDI
Resumo:
A maioria dos interpretes atribuem a Nietzsche a tese de que a nossa experiência do mundo é, de algum modo, errônea ou distorcida - em suma, advogam a “tese da falsificação”. Em seu influente livro, Maudemarie Clark veio questionar esse consenso, afirmando que o Nietzsche tardio abandonou essa tese epistemológica chave em favor de uma versão de realismo empirista. O objetivo do meu artigo é de responder aos argumentos de Clark mostrando que não há razões para concluir que, nas suas últimas obras, Nietzsche rejeitou a tese da falsificação.
ISSN: 2316-8242
Texto Completo: http://gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/CN34%2005.pdf
Palavras-Chave: Nietzsche,falsificação,conceptualização,consc
Cadernos Nietzsche
Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.
Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."