Música epistolar: Nietzsche e Carl Fuchs

Número 30 (2012) • Cadernos Nietzsche

Autor: FERNANDO RIBEIRO DE MORAES BARROS

Resumo:

Sem passar ao largo da obra publicada de Nietzsche, o propó- sito deste artigo consiste em analisar algumas passagens da portentosa e pregnante correspondência entre o filósofo alemão e Carl Fuchs, ensaísta, diretor musical e organista em Danzig. Travado ao longo de quinze anos, o intercâmbio epistolar acumula, desde o início, uma rica variedade de problemas teórico-especulativos, adquirindo o ápice de sua consistência entre os anos de 1887 e 1888. Atentos a esse derradeiro período, esperamos mostrar que o debate formado por diferentes noções estético-musicais – como, por exemplo, “fraseamento”, “melodia infinita” e “rítmica” - não só ajuda a explicar, senão que também complementa os construtos fundamentais da filosofia nietzschiana da maturidade – tais como a noção de décadence, o conceito de perspectivismo e a ideia mesma de amor fati.

ISSN: 2316-8242

Texto Completo: http://gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/artigo6_1.pdf

Palavras-Chave: fraseamento,melodia infinita,décadence,perspe

Cadernos Nietzsche

Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.

Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."