Filosofia nietzschiana da tensão: a resistência do pensar
Número 28 (2011) • Cadernos Nietzsche
Autor: MÓNICA B. CRAGNOLINI
Resumo:
As interpretações da filosofia de Nietzsche, em termos de um irracionalismo sem força crítica ou de um super-racionalismo sem força afirmadora, resultam em formas de posições extremas (algo que Nietzsche rechaçou expresamente em seu conceito de “niilismo decadente”), posições que não levam em conta a peculiar “tensão” que se produz entre o “sim” afirmador e o “não” crítico deste pensamento. Neste trabalho, destaca-se o caráter tensional da filosofia nietzschiana de diversos pontos de vista: a interpretação da vontade de potência como “razão imaginativa”, a ideia do “eu em tensão” no conceito de Zwischen (entre), a interpretação do instante no pensamento do eterno retorno.
ISSN: 2316-8242
Texto Completo: http://gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/CN_28_133_156_artigo_4.pdf
Palavras-Chave: niilismo,eterno retorno,tensão,"entre"
Cadernos Nietzsche
Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.
Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."