Interpretação: arbitrariedade ou probidade filológica?

Número 12 (2002) • Cadernos Nietzsche

Autor: LUCÍA PIOSSEK PREBISCH

Resumo:

É comum atribuir, sem mais, a Nietzsche a equiparação da interpretação à arbitrariedade. Este artigo examina o aforismo que contém a afirmação “fatos, precisamente não, somente interpretações” e refere-se a outros contextos para desvirtuar, ao menos em grande parte, tal equiparação. Assinala-se como a preeminência concedida por Nietzsche e pela atual hermenêutica à linguagem enquanto constituição do mundo permite pensar que renasce a velha imagem do “livro do mundo”.

ISSN: 2316-8242

Texto Completo: http://www.gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/u41/CN012.90-110.pdf

Palavras-Chave: Nietzsche,interpretação,texto,livro do mundo

Cadernos Nietzsche

Os "Cadernos Nietzsche" visam a constituir um forum de debates em torno das múltiplas questões colocadas acerca e a partir da reflexão nietzschiana.

Nos cem anos que nos separam do momento em que o filósofo interrompeu a produção intelectual, as mais variadas imagens colaram-se à sua figura, as leituras mais diversas juntaram-se ao seu legado. Conhecido sobretudo por filosofar a golpes de martelo, desafiar normas e destruir ídolos, Nietzsche, um dos pensadores mais controvertidos de nosso tempo, deixou uma obra polêmica que continua no centro da discussão filosófica. Daí, a oportunidade destes cadernos."