A CONCEPÇÃO BERGSONIANA DO TEMPO

Vol. 1, N. 1 (2004) • DoisPontos

Autor: Frederic Worms

Resumo:

Trata-se aqui de mostrar como a filosofia de Bergson decorre da constatação da passagem do tempo enquanto fato primordial e originário; nessa medida, as suas obras podem ser consideradas como diferentes tentativas de esclarecer tal experiência da temporalidade que, filosoficamente considerada, consiste na intuição da duração. Para isso, examina-se a forma pela qual o tratamento dado a problemas filosóficos distintos e discutidos em cada um de suas obras efetiva-se como meditação sobre o fato primitivo e seu esclarecimento progressivo. Em primeiro lugar, acompanhamos o percurso de dedução das principais características da duração, sucessão, conservação e ato, sublinhando algumas de suas conseqüências filosóficas. A seguir, examinamos a dimensão crítica da filosofia de Bergson pela análise do pensamento do instante, aquele que desfigura a experiência do tempo e origina a via equivocada da metafísica tradicional; nesse exame procuramos diferenciar tal pensamento da experiência da simultaneidade, que é constitutiva de nossa relação concreta com as coisas.

Abstract:

The aim of this article is to show how Bergson´s philosophy derives from the understanding of the passing of time as an original and primordial fact. In this way, his works can be considered to be different attempts to explain this experience of temporality which, philosophically considered, consist of the intuition of duration. Thus, we examine the way in which the treatment given to distinct philosophical problems discussed in each of his works takes place as a meditation on the primitive fact and its progressive clarification. Firstly, we follow the course of deduction of the main characteristics of duration, succession, conservation and act, emphasizing some of his philosophical consequences. We then examine the critical dimension of Bergson´s philosophy through the analysis of the thought of the instant, which distorts the experience of time and gives rise to an equivocal way of traditional metaphysics; in this examination we shall seek to differentiate this idea from the experience of simultaneity that constitutes our concrete relationship with things.

DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dp.v1i1.1922

Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/doispontos/article/view/1922/1607

Palavras-Chave: Duração,Sucessão,Simultaneidade,Criação,Exper

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