SIMONDON, LA TECHNIQUE, LA POLITIQUE ET LA VIE
Vol. 12, N. 1 (2015) • DoisPontos
Autor: Xavier Guchet
Resumo:
Enquanto as duas teses defendidas por Simondon em 1958 relevam o problema da individuação humana na sua dimensão psicossocial e técnica, a publicação nos últimos anos do conjunto do corpus simondoniano sugere que outro tema constitui o fio condutor do pensamento de Simondon por três décadas, dos anos 50 ao início dos anos 80: aquele da vida. Ora, enquanto o problema da individuação humana poderia ser interpretado na ótica de uma reflexão política, notadamente através do conceito de “transindividualidade” desenvolvido nas teses e efetivamente considerado pelos comentadores como o conceito chave da política simondoniana, a questão de se saber o que se torna essa política simondoniana coloca-se, precisamente, no momento em que o deslocamento do acento em direção a uma filosofia da vida é operado. Na medida em que o conceito de transindividualidade desaparece dos escritos posteriores às teses, a questão coloca-se ainda mais. Como compreender esta centralidade do tema da vida, enquanto que aquele do homem e de seus modos de ser no mundo parecia privilegiado nas teses? Em qual medida este deslocamento de acento conduz Simondon a abandonar a reflexão política proposta nas teses em prol de uma antropologia biológica que, cabe perguntar-se, flertaria com o programa da sociobiologia dos anos 70? Este artigo propõe elementos em resposta a essas duas questões.
Abstract:
Whereas the two theses defended by Simondon in 1958 highlight the problem of human individuation in its psychosocial and technical dimension, the publication in the last years of the set of the Simondonian corpus suggests that another theme constitutes the leading thread of Simondon’s thought for three decades, from the 1950s to the early 1980s: that of life. Now, whereas the problem of human individuation could be interpreted in the view of a political reflection, mostly through the concept of “transindividuality” developed in the theses and effectively considered by the commentators as the key concept of Simondonian politics, the question of knowing what makes this Simondonian politics is put forth precisely at the moment in which is operated the displacement of the accent towards a philosophy of life. As the concept of transindividuality disappears from the manuscripts posterior to the theses, the question is even more pressing. How can one comprehend this centrality of the theme of life, whereas that of man and its modes of being in the world would seem to be privileged in the theses? To which extent does this displacement of accent lead Simondon to abandon the political reflection proposed in the theses towards a biological anthropology that, one may ask, would flirt with the sociobiology program of the 1970s? This paper provides some elements to answer these two questions.
DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dp.v12i1.38703
Texto Completo: https://revistas.ufpr.br/doispontos/article/view/38703/25404
Palavras-Chave: Simondon,transindividualidade,técnica,polític
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