Usos da prosopografia para a história dos intelectuais da educação*

v.33 n.67 jan./abr. 2019 • Educação e Filosofia

Autor: Bruno Bontempi Júnior

Resumo:

O artigo discute a potencialidade e os modos de uso da prosopografia em pesquisas sobre intelectuais na história da educação. Apresenta, em percurso bibliográfico, as principais definições, conceitos, operações metodológicas e fontes que a constituem. Sustenta que, no campo da história da educação, a metodologia prosopográfica oferece contribuições para o estudo dos intelectuais, sobretudo em investigações sobre os manifestos e seus signatários, cujos liames societários podem reafirmar ou subverter a lógica das posições individuais; os coletivos docentes, suas trajetórias de formação e movimentação institucional e regional; as histórias institucionais, notadamente quanto à destinação social e política de egressos e à circulação de quadros técnicos e acadêmicos; as associações da sociedade civil, tais como sindicatos e entidades categoriais, cujos quadros atuaram na esfera educacional. Conclui-se que a utilização da prosopografia permite ao historiador extrapolar a usual abordagem individual de autores e ideias em educação, a fim de integrar os intelectuais em coletivos, tais como grupos profissionais, redes de sociabilidade e comunidades disciplinares, nos quais as propriedades relacionais e os jogos de interesse podem revelar tantos significados quanto os discursos, material da maioria das pesquisas em torno do tema.

* Este artigo é produto do Projeto de Pesquisa “Pensamento educacional e intelectuais como objetos da história da educação brasileira”. Processo 304757/2017-9. Bolsas de Produtividade em Pesquisa – PQ Modalidade: PQ Ni?vel: 2.

ISSN: ISSN Impresso: 0102-6801 e ISSN Eletrônico: 1982-596X

DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v33n67a2019-47897

Texto Completo: http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/47897

Palavras-Chave: Prosopografia. Intelectuais. Pesquisa histórica.

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