Oficina de criação do e no pensamento: o acontecimento como abertura da filosofia às artes
v.31 n.63 set./dez. 2017 • Educação e Filosofia
Autor: Juliana Soares Bom-Tempo; Humberto Guido
Resumo:
O pensar como acontecimento é inseparável de uma oficina de criação que opera em funcionamento maquínico. Quando consideramos a oficina de criação do e no pensamento, apostamos em práticas interdisciplinares que lançam a filosofia no domínio do não discursivo em relação com as artes. Outras imagens do pensamento são flagradas frente a sua produção, fazendo novas conexões, construindo outras máquinas e acompanhando o pensar que entra em variações, diferenciando-se nos diagramas que perfazem as interfaces atual e virtual, ao estarmos diante de um acontecimento. Essa maquinação desloca a filosofia do seu lugar estático e a instala em terrenos rizomáticos, abrindo os domínios do pensar a criação. O atravessamento dos territórios entre artes e filosofias exige a adoção de uma postura não-filosófica - inclusive e principalmente do filósofo - sem a qual a oficina incorrerá num risco de ser uma experimentação estéril, ainda presa às territorialidades previamente fixadas em especialidades. Assim, propomos a operação de uma oficina de criação do e no pensamento a partir das interfaces construídas entre literatura, cinema e teatro junto às obras de Sacher-Masoch e Roman Polanski, ambas intituladas A Vênus das Peles.
Abstract:
Thinking as an event is inseparable from a creation workshop which operates in machinic assemblage. When considering the creation of and in the thought workshop, we bet on interdisciplinary practices that put philosophy in the non-discursive field in relation to arts. Other thought images are caught by surprise before its production, making new connections, building other machines and following the thinking that goes into variations, differentiating themselves in the diagrams that make up the virtual and actual interfaces, when we are in the face of an event. This machine dislocates philosophy from its static site and places it in rhizomatic terrains, opening the realms of thinking to creation. The crossing of the territories between arts and philosophies entails the adoption of a non-philosophical posture - including and mainly of the philosopher - without which the workshop will incur a risk of being a sterile experimentation, still attached to the territorialities previously fixed in specialties. Thus, we propose the operation of a creation of and in the thought workshop from the interfaces built between literature, cinema and theater together with the works of Sacher-Masoch and Roman Polanski, both entitled Venus in Fur.
ISSN: Impresso: 0102-6801 e Eletrônico: 1982-596X
DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n63a2017-16
Texto Completo: http://www.seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/40668
Palavras-Chave: Deleuze; Experimentação; Cinema; Literatura.
Educação e Filosofia
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