Um Bildungsroman fora do cânone? Rahel Varnhagen, A Vida De Uma Judia Alemã Na Época Do Romantismo, de Hannah Arendt
V. 38 Jan./Dez. 2024 • Educação e Filosofia
Autor: Daiane Eccel
Resumo:
A principal biógrafa de Hannah Arendt, Elisabeth Young-Bruehl indaga se a obra de Arendt a respeito de Rahel Varnhagen não seria um tipo sui generis de Bildungsroman. Nossa proposta é investigar o livro de Arendt sob este questionamento: há elementos formativos neste trabalho de Arendt? Para enfrentar tal tema, nos propomos a discutir a relação entre o contexto histórico de Rahel, associado às suas experiências individuais segundo a leitura da própria Arendt. Nossa hipótese é que esta hibridez presente no texto de Arendt, ou seja, as instituições culturais em conflito com o sofrimento de Rahel, constituem sua própria formação. Neste sentido, a obra poderia ser lida como um Bildungsroman, ainda que a intenção de Arendt não fosse essa ao escrevê-la.
Abstract:
The main biographer of Hannah Arendt, Elisabeth Young-Bruehl, wonders if the work from Arendt about Rahel Varnhagen would not be a sui generis type of Bildungsroman. This article proposes to investigate the book of Arendt under this question: are there, in fact, formative elements in the work Rahel Varnhagen: the life of a Jewish woman? To this end, we propose to discuss the relationship between historical context of Rahel associated with her individual experiences according to Arendt. Our hypothesis is that this hybridity present in this text from Arendt, that is, the cultural institutions in conflict with the suffering of Rahel, constitute her own formation. In this sense, the work could be read as a Bildungsroman, even though this was not the first intention for Hannah Arendt.
ISSN: 1982-596X
DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v38a2024-67980
Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/67980
Palavras-Chave: Hannah Arendt, Bildungsroman, Educação, Estética
Educação e Filosofia
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