A "Mulher Negra" confronta o "Mito Fundador": heresias ensaísticas em Lélia Gonzalez e Marilena Chaui

V. 38 Jan./Dez. 2024 • Educação e Filosofia

Autor: Maria Raquel Gomes Maia Pires

Resumo:

No presente artigo, discutimos as contribuições do gênero ensaio ao pensamento crítico feminista, identificadas nos procedimentos formais da linguagem nos textos de Lélia Gonzalez e de Marilena Chaui acerca da sociedade brasileira. Questionamos de que maneira as características do ensaio potencializam a crítica ao sexismo, racismo e autoritarismo nas concepções da “Mulher negra”, em Gonzalez, num confronto imaginário com o “Mito Fundador”, em Chaui. Objetivamos localizar na escrita das autoras os artifícios característicos do ensaio, mobilizados para estimular reflexões críticas nas leitoras. Em meio ao embate da “Mulher Negra” com o “Mito Fundador”, apostamos nos sentidos erráticos do ensaio diante do discurso dogmático que violenta o corpo negro feminino.

Abstract:

In this article, we discuss the contributions of the essay genre to feminist critical thinking, identified in the formal procedures of language in the texts of Lélia Gonzalez and Marilena Chaui regarding Brazilian society. We question how the characteristics of the essay strengthen criticism of sexism, racism and authoritarianism in the conceptions of the “Black Woman”, in Gonzalez, in an imaginary confrontation with the “Founding Myth” in Chaui. We aimed to locate, in the authors’ writing, the characteristic devices of the essay, mobilized to stimulate critical reflections in the readers. In the midst of the clash between the “Black Woman” and the “Founding Myth”, we bet on the erratic meanings of the essay faced with the dogmatic discourse that violates the female Black body.

ISSN: 1982-596X

DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v38a2024-68673

Texto Completo: https://seer.ufu.br/index.php/EducacaoFilosofia/article/view/68673

Palavras-Chave: Lélia Gonzalez, Feminismo, Ensaio, Linguagem, Teoria Crítica

Educação e Filosofia

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