Autor: Pedro Proscurcin Junior

Resumo:

Este artigo tem como objetivo elucidar algumas (re-)ações complexas do personagem Paris na Ilíada 6 com base na teoria tripartite da alma de Platão. Devido a certas pré-concepções filosóficas, algumas interpretações de classicistas não estariam aptas a identificar dadas nuances relacionadas às atividades intrapsíquicas das personagens e tenderiam a rotular o personagem homérico como “simples” ou “incompleto”. Visto que o problema do “anacronismo” é intransponível, os intérpretes devem assegurar o melhor modelo filosófico para compreender alguns aspectos da psicologia homérica. Por diferentes razões, argumentar-se-á que uma abordagem intertextual baseada na teoria da alma da República de Platão pode nos ajudar a entender melhor certos impulsos emocionais desses personagens. Ao final, o artigo examinará mais de perto alguns aspectos que envolvem o exemplo das reações epithiméticas de Paris na Ilíada 6.

Abstract:

This paper aims to elucidate some intricate (re-)actions of Paris in the Iliad 6 based on Plato’s tripartite theory of soul. Due to certain philosophical prejudices, some interpretations cannot identify certain nuances related to the characters’ intrapsychic activities and tend to label the Homeric character as “simple” or “incomplete”. Since the problem of “anachronism” is insurmountable, interpreters have to ensure the best philosophical model to understand some aspects of the Homeric psychology. For different reasons, I shall argue that an intertextual approach based on the theory of soul in Plato’s Republic can help us better understand certain emotional impulses. Finally, the paper will take a closer look at some aspects involving the example of Paris’ epithymetic reactions in the Iliad 6.

ISSN: 2527-1393

Texto Completo: https://periodicos.ufms.br/index.php/reveleu/article/view/12031