Por uma dietética da solidão
v. 11, n.2 (2020) • Estudos Nietzsche
Autor: Carlos Roger Ponte
Resumo:
Se aceitarmos que houve um certo caos pessoal em termos de relações humanas, doenças físicas e também solidão como fatos constante na vida de Nietzsche, sem mencionar com a contínua reflexão dispendida acerca dos valores morais, o filósofo esmerou-se em “selecionar” bem tudo o que lhe acontecia em sua vida e como elas poderiam ser “nutritivas”, ainda que lhe trouxessem dissabores iniciais ou contínuos. Tendo isso em vista, e partindo do segundo capítulo de Ecce Homo, Por que sou tão inteligente, detenho-me, a nível de esboço, nesta “dietética nietzscheana” e como a solidão teve papel preponderante na emergência de seu pensamento. Penso que, neste capítulo, a experiência da solidão foi um suporte necessário para Nietzsche se desenhar como filósofo errante que foi e também um espírito livre.
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/31534
Palavras-Chave: Solidão. Dietética nietzschiana. Valores morais. Espírito livre.
Estudos Nietzsche
A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.