A ‘grande libertação’ e a doutrina nietzschiana da saúde: A ‘grande saúde’ nos prefácios a Humano, Demasiado Humano

v. 8, n. 2 (2017) • Estudos Nietzsche

Autor: Marta Faustino

Resumo:

O ensaio apresenta uma leitura cuidada dos prefácios ao primeiro e segundo volumes de Humano, Demasiado Humano, com vista à produção de uma interpretação unificadora das noções de ‘grande saúde’, ‘grande libertação’ e ‘doutrina da saúde’. Procurar-se-á, por um lado, esclarecer a relação estabelecida no primeiro prefácio entre a ‘grande saúde’ e a possibilidade fundante no pensamento de Nietzsche de uma ‘grande libertação’, bem como o enquadramento desta no contexto global do seu projecto filosófico. Por outro lado, procurar-se-á clarificar a intenção expressa por Nietzsche no segundo prefácio de providenciar uma ‘doutrina da saúde’ às ‘naturezas mais espirituais da geração vindoura’, distinguindo-a das terapias filosóficas tradicionais e relacionando-a com o eventual papel de Nietzsche na promoção da ‘grande saúde’ junto dos seus leitores.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/17992

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.