A fé de Nietzsche. Crítica da metafísica e exercícios de subjectivação
v. 8, n. 2 (2017) • Estudos Nietzsche
Autor: Gianfranco Ferraro
Resumo:
O papel que o horizonte da fé ocupa em Nietzsche adquire uma posição relevante, quer para a interpretação do seu pensamento no âmbito da secularização e da noção de niilismo, quer para a colocação da sua critica da metafisica no horizonte da história da filosofia moderna, quando se considera, em particular, em Assim falou Zaratustra, o mando de uma nova fidelidade à terra, ou, em Humano, demasiado humano, a crítica que o próprio Nietzsche faz dos pressupostos religiosos e morais. O presente artigo propõe-se a mostrar como, a partir do estudo do papel que a problemática da fé joga em Nietzsche, é possível avançar uma novaperspectiva de interpretação quer do estatuto da prática filosófica em Nietzsche, quer dos pressupostos que levam à noção de “espírito livre”.
Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/17994
Estudos Nietzsche
A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.