Entre dois Nietzsches

v. 9, n. 1 (2018) • Estudos Nietzsche

Autor: Márcio Benchimol Barros

Resumo:

O texto focaliza prioritariamente o primeiro volume de Humano, demasiado humano, procurando interpretar as noções de História e progresso – tal como na obra são desenvolvidas – a partir da perspectiva aberta pelo problema da cultura, tentativa na qual ganha importância uma reflexão sobre o interessante paralelismo que no texto nietzscheano se desenha entre ontogênese e filogênese do pensar racional e científico. O ponto de vista do problema da cultura é também utilizado para intentar-se uma interpretação do notável contraste apresentado pela obra mencionada em relação a O nascimento da Tragédia, tendo-se como base, além das reflexões referidas, um juízo sobre o sentido da transformação que a própria noção de cultura sofre entre as publicações dos dois escritos.

Texto Completo: http://periodicos.ufes.br/estudosnietzsche/article/view/19586

Estudos Nietzsche

A revista Estudos Nietzsche é uma publicação semestral do Grupo de Trabalho Nietzsche (GT-Nietzsche) da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Sua proposta, alinhada à ideia que levou à criação do GT-Nietzsche, é incentivar a investigação e o debate sobre a contribuição do pensamento de Nietzsche, bem como a sua articulação com questões da atualidade. Para tanto, leva a público artigos sobre o pensamento do filósofo alemão, traduções de textos inéditos, bem como apresentações (resenhas) de obras recentes relevantes sobre Nietzsche, constituindo-se num ambiente de debate para pesquisadores especialistas da filosofia nietzschiana e numa fonte privilegiada para estudiosos interessados no pensamento do filósofo alemão. Os textos publicados seguem o exigido rigor filosófico e metodológico no que diz respeito ao tratamento dos escritos do filósofo alemão, observando aspectos como a inserção em determinados debates já estabelecidos, o atual estágio das pesquisas sobre o tema trabalhado, a periodicidade dos textos empregados do filósofo, bem como o uso de material fidedigno e já submetido à crítica, no que diz respeito às fontes, fragmentos póstumos, cartas, etc.