Para além da infâmia, como dizer
vol. 5, n. 2 (2006) • Ethic@ - Revista Internacional de Filosofia Moral
Autor: Gabriela Dias de Oliveira
Resumo:
Michel Foucault faz irromper a arqueologia sob o signo do problema do sujeito: trata-se de saber se algo como um sujeito, um eu ou uma consciência podem ter correspondência com os enunciados, com o acontecimento da linguagem. Problema insistente, irresoluto, urgente, que servirá de guia às três partes do presente exercício. A primeira examina a concepção arqueológica do sujeito: função de um enunciado. Tendo em conta a mudança de perspectiva que caracteriza a passagem para a genealogia, a segunda parte analisa os dispositivos de subjetividade característicos da modernidade, em função de uma biopolítica que toma a seu cargo a vida dos indivíduos tomados isoladamente ou constituídos empopulação. A genealogia foucaultiana mostra como se constitui uma relação constitutiva entre discursos de verdade e modo de ser dos indivíduos, e o preço desta emergência –a infâmia. Na terceira parte o enfoque é dado ao curso ditado no Collège de France em 1982: esboçando uma genealogia das relações entre sujeito e verdade, Foucault descobre não só uma nova concepção do sujeito como um outro regime de funcionamento da verdade. Resta saber se servem ao problema previamente anunciado
DOI: https://doi.org/10.5007/%25x
Texto Completo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/17385/15942
Palavras-Chave: Foucault,Sujeito
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