HUME SOBRE A MÁXIMA CAUSAL: CONCEPTIBILIDADE E POSSIBILIDADE

Kriterion, v. 60, n. 144 (2019) • Kriterion: Revista de Filosofia

Autor: Rafael Bittencourt Santos

Resumo:

Uma das críticas mais contundentes ao argumento de Hume contrário ao status a priori ou logicamente verdadeiro da máxima causal - a de que todo evento deve ter uma causa - é a de Anscombe. Ela critica a passagem de Hume da contingência das associações causais particulares - que este evento deva ter esta causa - para a contingência de qualquer causa - que este evento tenha que ter alguma causa. Meu objetivo é defendê-lo da sua crítica, argumentando que o raciocínio de Hume depende de premissas anteriores do “Tratado da Natureza Humana”, particularmente da sua filosofia da percepção e da sua filosofia do tempo. A apreciação dessas premissas torna o seu argumento mais interessante e menos vulnerável às considerações de Anscombe.

Abstract:

One of the most incisive criticisms of Hume’s argument against the causal maxim - that every event must have a cause - a priori or logically true status comes from Anscombe. She criticizes Hume’s inference from the contingency of particular causal associations - that this event must have this cause - to the contingency of any cause - that this event must have any cause. My aim is to defend him from her criticism, arguing that Hume’s reasoning depends on earlier premises of the “Treatise of Human Nature”, particularly its philosophy of perception and philosophy of time. An appreciation of these premises makes his arguments more interesting and less vulnerable to Anscombe’s considerations.

DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2019n14410rbs

Texto Completo: https://www.scielo.br/j/kr/a/szwwpMG4YxQt6vSBygdcWqK/?lang=pt

Palavras-Chave: Hume; causalidade; conceptibilidade; possibilidade; percepção

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