É POSSÍVEL OUVIR O TEMPO-DURÉE? UMA CRÍTICA AO BERGSONISMO MUSICAL
Kriterion, v. 64, n. 156 (2023) • Kriterion: Revista de Filosofia
Autor: Ricardo Nachmanowicz
Resumo:
O artigo analisa o tema da escuta musical do tempo na filosofia de Vladimir Jankélévitch, buscando avaliar qual seja a prova fenomênica alegada por Jankélévitch para sustentar a tese de que a escuta musical do tempo carrega as mesmas propriedades do conceito de durée de Henri Bergson. Concluímos que (1) as descrições temporais de Jankélévitch não são suficientes para sustentar que a escuta musical equivale à escuta das propriedades da durée, e que (2) esse fato implica um problema tanto para a máxima “a música é a arte do tempo” quanto para a capacidade geral do bergsonismo, verificado em demais autores, em fundar uma filosofia da música.
Abstract:
The article analyzes the subject of musical listening of time in Vladimir Jankélévitch philosophy, seeking to assess what is the phenomenal proof alleged by Jankélévitch to support the thesis that musical listening of time carries the same properties as Henri Bergson’s concept of durée. We conclude that (1) Jankélévitch’s temporal descriptions are not sufficient to sustain that listening to music is equivalent to listening to the properties of durée, and that (2) this fact implies a problem both for the maxim “music is the art of time” and for the general capacity of Bergsonism, verified in other authors, to founding a philosophy of music.
ISSN: 1981-5336
DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2023n15604rn
Texto Completo: https://www.scielo.br/j/kr/a/NyRrhGCCHBdRMgMrntJgsrv/?lang=pt#
Palavras-Chave: Vladimir Jankélévitch; Gabriel Marcel; Tempo; Inefável; Durée; Gisèle Brelet
Kriterion: Revista de Filosofia
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