TRANSINDIVIDUAL-TRANSVERSAL SUBJECTIVITY FOR THE POSTHUMAN SOCIETY
Kriterion, v. 58, n. 137 (2017) • Kriterion: Revista de Filosofia
Autor: Jae-Hee Kim
Resumo:
O problema com o qual o “pós-humano” deve lidar é complexo: como alguém pode abraçar tanto a problematização e a construção antihumanística do sujeito humano pelo pós-estruturalismo e, ao mesmo tempo, conectar a capacidade de tecnociência à desumanização com a possibilidade de inventar uma subjetividade pós-humana? Considerações sobre póshumanização do humano devem expandir para além da ciborguezação baseada no fortalecimento da capacidade de indivíduos humanos, e existe a necessidade de uma mudança de paradigma para que possamos repensar e reconceitualizar o pós-humano dentro da rede relacional ontológica e sociopolítica trabalhando além da oposição do determinismo tecnocêntrico e do instrumentalismo humanocêntrico. Seres humanos foram produzidos na sociedade disciplinar na forma de “indivíduos” autodisciplinados e têm sido produzidos na sociedade de controle na forma de “divíduos” desindividualizados, respectivamente. Nesse caso, qual será a forma dos seres humanos na sociedade pós-humanista do lado de fora ou após a sociedade de controle, que ainda está por chegar? Neste trabalho, aponto as limitações de discussões sobre ciborguezação e examino o diagnóstico de Deleuze sobre a sociedade de controle baseada na tecnologia digital, argumento que podemos encontrar uma nova possibilidade para a subjetividade pós-humana no “relacionamento transindividual” de Simondon complementado pela “transversalidade” de Guattari. Proponho que será possível que uma sociedade pós-humana seja produzida quando os relacionamentos transindividuais forem baseados na operação transdutiva das invenções tecnológicas, percebendo que a potencialidade comum natural seja atingida, e um alto grau de comunicação transversal que evite que a subjugação dessa coletividade seja mantido.
Abstract:
The problem that the “posthuman” must cope with is complex: how can one embrace both anti-humanistic problematization and deconstruction of the human subject by post-structuralism and, at the same time, link the capacity of techno-science for de-humanization with the possibility for inventing posthuman subjectivity? Consideration of the posthumanization of the human must expand further from the cyborgization based on the strengthening of human individuals’ capacity, and there is need of a paradigm shift for us to rethink and reconceptualize the posthuman within the ontological and sociopolitical relational networking beyond the opposition of technocentric determinism and humancentric instrumentalism. Human beings were produced in the disciplinary society in the form of self-disciplined “individuals” and have been produced in the control society in the form of de-individualized “dividuals,” respectively. If so, then what will the form of human beings be in the posthuman society outside or after the control society, which has yet to arrive? In this paper, pointing out the limitations of discussions on cyborgization and examining Deleuze’s diagnosis of the control society based on digital technology, I argue that we can find a new possibility for posthuman subjectivity in Simondon’s “transindividual relationship” complemented by Guattari’s “transversality.” I propose that it will be possible for posthuman society to be produced when the transindividual relationships based on the transductive operation of technological invention realizing the common natural potentiality are realized, and a high degree of transversal communication that prevents the subjugation of this collectivity is maintained.
Texto Completo: http://www.scielo.br/pdf/kr/v58n137/0100-512X-kr-58-137-0391.pdf
Palavras-Chave: Pós-humano,Simondon,Deleuze,Guattari, transin
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