A FUNÇÃO LÓGICA DESEMPENHADA PELAS FOTOGRAFIAS NOS PENSAMENTOS ACERCA DOS OBJETOS FOTOGRAFADOS
vol. 20, n. 2 (2015) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG
Autor: Guilherme Ghisoni da Silva
Resumo:
O objetivo deste artigo é compreender a função lógica desempenhada pelas fotografias nos pensamentos acerca de entidades conhecidas exclusivamente através de fotografias. Buscarei contrastar duas linhas interpretativas gerais: a fotografia como conhecimento por familiaridade e como conhecimento por descrição. A análise dessas linhas interpretativas levará em consideração o paralelo com as discussões sobre memórias episódicas e metafísica do tempo. Ao longo do artigo, buscarei criticar o tratamento da fotografia como familiaridade, tendo como base as ideias de John Zeimbekis. No tratamento como familiaridade, a fotografia teria uma função lógica semelhante a um demonstrativo, que apontaria para entidades particulares no passado, através da rota causal que une a fotografia ao referente. A crítica de Zeimbekis tem como ponto de partida a distinção entre o referente causal da fotografia e o seu conteúdo representacional (as propriedades visuais nela exemplificadas). A tese a ser sustentada é que o conteúdo da fotografia não seria suficiente para a determinação da identidade numérica do referente. Com isso, propõe-se o deslocamento da função lógica da fotografia da função referencial para a predicativa. A fotografia exemplificaria propriedades fenomenais atribuídas a uma entidade conhecida apenas por descrição através da fotografia.
ISSN: 1982-2928
DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v20i2.40047
Texto Completo: https://www.revistas.ufg.br/philosophos/article/view/40047
Palavras-Chave: conhecimento por familiaridade; conhecimento
Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG
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