O QUE HÁ DE POLÍTICO NA TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA? SOBRE O DÉFICIT DE INSTITUCIONALIZAÇÃO EM JÜRGEN HABERMAS

vol. 18, n. 1 (2013) Dossiê da semana de filosofia e temas afins • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG

Autor: Jorge Adriano Lubenow

Resumo:

O artigo tem o objetivo de elucidar a compreensão negativa de política (despolitização) que resulta da clássica obra de Jürgen Habermas sobre a ação comunicativa. O potencial político da ação comunicativa que resulta da esfera pública política e a institucionalização do discurso prático-político constituem o fio condutor da teoria política de Habermas. No entanto, a compreensão de política que resulta do quadro da ação comunicativa apresenta o problema da restrita capacidade de efetivação de uma prática social discursiva nos contextos institucionais. O poder sócio-integrativo (integração social) da ação comunicativa e o poder comunicativo (poder de influência) não remetem diretamente aos procedimentos democráticos no nível político-institucional. A esfera pública política, ao defender o mundo da vida frente aos imperativos sistêmicos do poder e dinheiro, não está ligada diretamente aos complexos institucionais e, por isso, pode apenas “sitiá-los”. Este déficit de institucionalização acaba comprometendo o modelo de esfera pública política que resulta do quadro teórico da Theorie. Como conseqüência, a visão “defensiva” de política compromete o projeto emancipatório de Habermas, pois não amplia os domínios sociais submetidos à racionalidade comunicativa e não abre canais para influxos comunicativos no sistema político-administrativo. Por isso, os discursos críticos e a posterior necessidade de reformulações.

ISSN: 1982-2928

DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v18i1.18947

Texto Completo: http://www.revistas.ufg.br/philosophos/article/view/18947/15232

Palavras-Chave: Jürgen Habermas; esfera pública; política; ag

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