Os Modelos de formação desejados e a variação da potência de agir em Espinosa
vol. 28, n. 2 (2023) • Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG
Autor: Marcio Francisco Teixeira de Oliveira
Resumo:
Na Ética, Espinosa afirma que “desejamos formar uma ideia de homem que seja visto como um modelo da natureza humana” (Spinoza, 2008, p. 267). Em três seções, este trabalho discute o desejo de atingir modelos de formação humana, articulando os domínios ontológico, afetivo e gnosiológico do espinosismo. A primeira apresenta a ontologia de Espinosa, segundo a qual o ser humano não é um ser extraordinário, mas uma coisa finita vulnerável e com uma potência de agir limitada. Na segunda, os gêneros de conhecimento são vistos como maneiras de experimentação e compreensão do mundo que interferem na alteração da potência e no estabelecimento de modelos formativos desejados. Este tópico aborda a relação entre desejo e conhecimento, além dos modos de fruição da potência que se seguem da imaginação, da razão e da intuição. A terceira discute como o conhecimento inadequado leva à formulação de modelos que conduzem à fixação e à impotência. E que o conhecimento adequado não concorda com a imposição de um modelo universal supostamente extraído da razão e apresentado como necessariamente bom para todos, mas privilegia a busca pela ratio, pela proporção, mais compatível com as necessidades de indivíduos e grupos.
ISSN: 1982-2928
DOI: https://doi.org/10.5216/phi.v28i2.77025
Texto Completo: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/77025
Palavras-Chave: Espinosa, Formação Humana, Potência, Conhecimento, Modelo.
Philósophos: Revista de Filosofia - Revista UFG
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